Fluxo de atendimento a vítimas de violência é alinhado em encontro regional em Araxá

julho 15, 2025
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Capacitação Fluxo de atendimentos Violência  (4)
Representantes de oito cidades da microrregião (Araxá, Campos Altos, Ibiá, Perdizes, Santa Juliana, Pratinha, Pedrinópolis, Tapira) se reuniram no Centro Administrativo da Prefeitura de Araxá, para uma capacitação que teve o objetivo de reforçar o fluxo de acolhimento a quem sofre violência doméstica, familiar ou sexual.

O encontro foi promovido pela Superintendência Regional de Saúde (SRS Uberaba) e contou com técnicos e representantes das secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação e dos Conselhos Tutelares de todos os municípios participantes.

A capacitação foi conduzida por Edinel de Ávila, referência técnica em Vigilância das Violências e Saúde do Trabalhador da Superintendência Regional. Ela apresentou dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, que evidenciam o crescimento da violência sexual, com um caso de estupro a cada seis minutos.

O momento também chamou atenção para detalhes do fluxo de atendimento, destacando a gravidade das diferentes faces da violência e como, muitas vezes, elas são minimizadas. Também foram apresentadas estatísticas locais: em 2024, Araxá registrou 212 ocorrências de violência, sendo 48 de natureza sexual e 34 estupros de vulneráveis (pessoas até 14 anos).

“É impressionante o número de meninas gestantes que chegam à rede de saúde após sofrer estupro e muitos profissionais encararem isso como um caso comum de maternidade. Criança não é mãe e não pode ser obrigada a ser mãe. Por isso, cada ficha de notificação de violência deve ser preenchida com rigor. O documento não é burocracia, mas um instrumento de intervenção para cessar o ciclo de abuso. E cabe a toda a rede — saúde, judiciário, polícia militar, CREAS, CRAS, Conselhos Tutelares e do Idoso — colaborar para dar fim a essa violência”, destaca Edinel de Ávila.

A Santa Casa de Misericórdia de Araxá é o local de referência para atender esse tipo de violência para pacientes da cidade e de toda a microrregião, oferecendo atendimento humanizado e coleta de vestígios sem expor a vítima.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Araxá, Marcela Castro, explica que o objetivo do encontro foi fortalecer o papel que cada agente da rede representa no acolhimento às vítimas, sejam adultos ou crianças. “Não basta ter porta aberta; precisamos garantir que cada vítima saiba para onde ir e encontre atendimento rápido, respeitoso e integrado. Cuidar de quem já sofreu violência é responsabilidade de todos, e o objetivo é garantir que vítimas sejam protegidas de fato, acolhidas com empatia e segurança desde o primeiro atendimento”, ressalta Marcela.

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