Fliaraxá reforça o vigor da palavra e consolida Araxá como polo literário
Araxá viveu dias históricos com a realização do 13.º Fliaraxá, Festival Literário Internacional do município. O evento, realizado entre os dias 1.º e 5 de outubro de 2025, reuniu 20 mil pessoas ao longo da programação e reuniu vozes diversas. Com o tema “Literatura, Encruzilhada e Memória”, o trabalho curatorial foi assinado pela escritora Bianca Santana, juntamente aos escritores Jeferson Tenório, Leo Cunha, Luiz Humberto França, Rafael Nolli e Sérgio Abranches. Sob presidência de Afonso Borges, a 13.ª edição do Fliaraxá teve como norte a diversidade, reunindo autores locais, nacionais e internacionais.
O impacto do evento também se refletiu nas redes: o Fliaraxá alcançou 2,2 milhões de visualizações no Instagram e 330 mil contas só durante os dias de Festival, além de repercutir em veículos de imprensa de todo o País.
A programação foi ampla, diversa e voltada para todos os públicos, somando mais de cem atrações, entre rodas de conversa, debates, oficinas, shows e exposições. Os cinco dias do 13.º Fliaraxá fortaleceram o diálogo entre literatura, música, artes visuais e educação. O Festival recebeu 135 autores nacionais e internacionais, além de promover mais de 90 lançamentos de livros.
A parceria com o Uniaraxá foi essencial para a realização do evento. Muito bem instalado no Teatro CBMM, dentro do Centro Cultural Uniaraxá, o Fliaraxá encontrou um espaço à altura de sua grandiosidade. O local se transformou em um verdadeiro ponto de encontro entre leitores, autores e amantes da cultura como um todo. As 20 mil pessoas que passaram pelo Fliaraxá conferiram o aconchego das instalações, o conforto das salas, a alegria do público e a acolhida da cidade.
O Prêmio de Redação e Desenho do Fliaraxá também foi um sucesso. A iniciativa mobilizou 58 escolas – o que representa 86% de toda a rede escolar de Araxá, sendo seis escolas particulares, dez estaduais e 42 municipais e CEMEIS. Ao todo, foram 45 desenhos inscritos, sendo a categoria de 6 a 8 anos a mais concorrida, e 57 redações, com maior destaque para a faixa etária de 9 a 11 anos, que concentrou o maior número de trabalhos.
No aspecto social e econômico, o Festival gerou 143 empregos diretos e indiretos, incluindo mão de obra araxaense, e manteve o compromisso com a sustentabilidade, com ações como uso de papel reciclado, distribuição de copos biodegradáveis e coleta seletiva. O Fliaraxá, como um todo, está alinhado às práticas de ESG, com ações que correspondem a cada um dos significados das siglas.
Para colocar um evento deste porte de pé, foram montados 380m² de área coberta, 240m² de piso elevado, 412m² de impressão digital, 1.700 metros lineares de revestimento em tecido e 23 toneladas de estrutura e equipamentos mobilizados. Tudo isso para adaptar o Fliaraxá para o Centro Cultural Uniaraxá.
Na livraria do Festival, o público esteve inclinado a consumir a literatura contemporânea. Entre os autores mais vendidos, estiveram Scholastique Mukasonga, Jeferson Tenório, Bianca Santana, Igor Pires e Alessandra Roscoe. Já entre os títulos mais procurados destacaram-se “A Mulher de Pés Descalços”, de Scholastique Mukasonga; “Procurando Sacy”, de Marlette Menezes; “Apolinária”, de Bianca Santana; “Descolonizando Afetos: Experimentações Sobre Outras Formas de Amar”, de Geni Núñez; e “Tomara Que Você Seja Deportado”, também de Jamil Chade.










