Cinco atitudes para ficar no azul em 2018
O começo do ano costuma ser um bom período para refletir sobre o ano que passou, avaliar objetivos e conquistas e fazer novos planos para ficar no azul 2018. O período das festas de fim de ano é a época em que muitas pessoas fazem promessas, traçam metas e decidem mudar hábitos que consideram prejudiciais a sua vida – de uma rotina sedentária à gastos excessivos com compras impulsivas ou supérfluas, por exemplo.
Que tal aproveitar o momento e fazer isso na sua vida financeira? A CDL-Araxá apresenta cinco atitudes que podem ajudar a alcançar um equilíbrio nas contas e economizar em 2018, garantindo estabilidade no orçamento e evitando que as contas fiquem no vermelho.
Se 2017 foi um ano difícil, é hora de parar e se planejar para virar o jogo. Se, por outro lado, você conseguiu se manter no azul e está bem, que tal pensar em guardar dinheiro pensando no futuro?
1 – Organize-se
Você sabe o quanto gasta e o quanto ganha por mês? Sabe mesmo? “A primeira atitude na direção do equilíbrio financeiro é saber o tamanho dos seus gastos, tantos dos regulares e de maior impacto no orçamento, quanto dos pequenos, que também podem desequilibrar as contas, sendo muitas vezes os verdadeiros vilões das finanças”, diz o educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli. Da mesma maneira, é importante saber exatamente o quando entra de grana todo mês, em especial se não possui um salário fixo. Se você termina alguns meses com a sensação de que o dinheiro acabou de repente, sem entender direito o que aconteceu, talvez seja a hora de procurar organizar melhor as contas.
Fazer uma planilha ou anotar em um caderninho as despesas mensais fixas pode ajudar a entender e controlar melhor os gastos. É fundamental checar com regularidade os extratos de bancos, cartões de crédito e cheques, verificando se há algum gasto indevido e se as tarifas cobradas estão certas. O mesmo vale em relação a contas de água, telefone, gás e luz, especialmente se possui contas em débito automático. Variações altas na conta de água, por exemplo, podem ajudar a identificar um vazamento.
Outra boa idéia, para quem tem carro, é anotar o gasto com combustível, relacionando quilometragem e posto escolhido. Com o tempo, vai ficar mais claro qual o lugar mais caro para abastecer e qual o estabelecimento que oferece melhores vantagens. A mesma lógica vale para outras situações, como as compras de mercado. Não esqueça também dos gastos com lazer, como cinema, bares e refeições fora de casa. Anote e faça as contas para saber para onde seu dinheiro está indo.
2 – Evite gastos desnecessários
Agora que você já sabe exatamente no que o seu dinheiro é gasto, é importante ter a capacidade de parar e refletir sobre esses os gastos. Com os números organizados, fica mais evidente qual a porcentagem do orçamento está sendo utilizada para o que realmente importa e quanto simplesmente é perdido com itens supérfluos ou compras por impulso. Consumir por consumir é um jeito ruim de gastar e ter cuidados na hora de comprar é fundamental para manter as contas no azul.
Antes de comprar algo novo, vale refletir se você realmente precisa daquilo, se tem espaço para guardar, se vai mesmo utilizar e se não poderia simplesmente pegar emprestado com alguém ou alugar. Na dúvida, melhor esperar até ter certeza.
Também vale parar e repensar até mesmo o que é tido como natural e indispensável. Será que não dá para deixar de ir de carro – incluindo Uber e outros serviços de transporte via aplicativo – para o trabalho e começar a usar transporte público, caminhar ou ir de bicicleta? Você assiste mesmo a todos os canais da TV paga que assina? É preciso, além do celular, um telefone fixo em casa?
3 – Planeje, planeje, planeje
Com o quadro completo de gastos e a ciência das despesas que são realmente necessárias, fica mais fácil pensar no futuro. O começo do ano é uma boa época para colocar no papel os gastos que podem ser previstos. IPTU, IPVA, matrícula e material escolar das crianças, da academia de ginástica, as parcelas das compras feitas durante Natal e Ano Novo… não são poucos os gastos fixos que já vêm com data marcada. Com um calendário financeiro bem organizado, dá para tentar antever em quais meses o impacto será maior e procurar equilibrar as despesas.
Se precisar trocar um eletrodoméstico ou adquirir um novo, melhor esperar o momento em que as despesas são menores. Evite ao máximo ter dívidas em atraso, já que ficar no vermelho implica em pagar juros muitas vezes desnecessários. Outra atitude pertinente é procurar olhar com antecedências as datas de feriados e grandes eventos para planejar viagens e outros gastos.
Em 2018, vale lembrar-se da Copa do Mundo, que acontece de 14 de junho a 15 de julho, e costuma implicar em mudanças de rotina. Seja para organizar uma recepção para ver os jogos com amigos, seja para comprar a camiseta da seleção favorita, seja para trocar de TV, vale à pena começar a pensar desde já quanto você pretende gastar e, se for o caso, guardar antes mesmo do evento acontecer para não precisar entrar no vermelho na hora.
4 – Livre-se das dívidas
Se não teve jeito e você vai entrar no vermelho em 2018, sua principal meta financeira para o ano que se inicia tem que ser terminá-lo no azul. Priorize o que é importante e evite desperdiçar dinheiro até ter a situação equilibrada.
Faça um plano para superar as dívidas. A recomendação aí é priorizar as que têm juros mais altos como o cartão de crédito e cheque especial e aquelas que podem gerar corte de serviços como contas de água e luz. O cartão de crédito e o cheque especial podem ser uma armadilha perigosa e vale tentar acordos para quitar os valores devidos. Sabendo exatamente seus gastos mensais e quanto vai “sobrar” do orçamento a cada mês, você pode negociar a dívida com o credor, estipulando parcelas que caibam no seu orçamento mensal. Trace uma estratégia utilizando os recursos economizados com mudanças de hábito e bom planejamento. Assim, aos poucos, conseguirá zerar os débitos.
5 – Pense no futuro
Organizando o presente e lidando com dívidas contraídas no passado, é possível pensar no futuro. No plano financeiro, isso significa abrir uma frente para economizar. Faça o que puder para tentar guardar algum dinheiro pensando nos seus desejos futuros. No curto prazo, vale ter um fundo de emergência para qualquer problema imprevisto. Juntar uma pequena quantia e deixar o valor reservado para o mês que for mais difícil. No médio e longo prazo, é prudente procurar economizar pensando na aposentadoria e em objetivos maiores, como aquisição de uma casa própria, um carro, ou uma grande viagem, por exemplo. Em resumo: é preciso caminhar com duas “linhas de frente”, sendo uma para imprevistos e a outra uma aplicação focada na aposentadoria. “Há, ainda, uma reserva que deve ser destinada para a realização de sonhos, como uma grande viagem, por exemplo”, diz Vignoli.
Tome os cuidados necessários para que 2018 e os próximos anos sejam prósperos e lembre-se: se você quer bem-estar financeiro, não adianta vestir amarelo, comer lentilha e pular sete ondinhas se não for para repensar atitudes e hábitos de consumo.
Paula Aftimus
Jornalista com especialização pela State University of New York, editora de publicações e portais do Grupo Abril e do Grupo LANCE!, especialista em mídias digitais e marketing de conteúdo. MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos pela FGV.
Fonte: http://meubolsofeliz.com.br/